Sobre os gatos
Dizem que os gatos não têm afeto, não são fiéis, não são amigos como os cães. Mentira. Os gatos são afetivos, fidelíssimos e amicíssimos. A diferença é que eles escolhem de quem desejam ser amigos. Elegem aqueles a quem dão
Dizem que os gatos não têm afeto, não são fiéis, não são amigos como os cães. Mentira. Os gatos são afetivos, fidelíssimos e amicíssimos. A diferença é que eles escolhem de quem desejam ser amigos. Elegem aqueles a quem dão
sua fidelidade. E uma vez eleitos, os amigos recebem todo afeto do mundo. Miados especiais, pernas roçadas, ronronar relaxante, carinhos de colo. Até lambidas.
Um gato é capaz de reconhecer de longe a voz do seu eleito. Vir correndo suavemente se chamado. Sentar-se ao lado, aos pés, acima ou no colo, enquanto seu humano predileto trabalha, assiste a um filme ou almoça. Pode segui-lo pela casa, onde for, e pode miar desesperadamente se uma porta se interpõe entre ele, gato, e seu dono querido.
O meu, particularmente, que me ensinou a gostar de gatos, baba no meu colo, começa a miar assim que escuta a minha voz e mesmo se está longe de casa, no muro, no telhado ou no vizinho, acorre quando chamo e me olha com seus glamorosos olhos azuis.
O gato é delicado, limpo, silencioso. Não anda, insinua-se; não corre, toca leve e rapidamente o solo; não come desenfreado, escolhe o que vai comer, como escolhe quem vai amar. É autossuficiente e por isso é um prêmio receber seu afeto e ser por ele procurado com um carência canina. Pois o cachorro mostra sua carência indistintamente, seu desejo de afeto é saciável por qualquer ser humano benevolente. Mas o gato só se entrega inteiramente ao seu eleito, ou a alguns poucos escolhidos.
O gato é elegante, cheio de charme e se relaciona com distinção e nobreza com quem estabeleceu um vínculo inquebrantável.
Ele confere ao ambiente um elemento de aconchego e estética. Em cima do piano, no meio dos livros da estante, ao lado do computador, enfeita e aquece a alma. Seu olhar vítreo sobre nós, dá a certeza de estarmos em casa.
Dora Incontri
Um gato é capaz de reconhecer de longe a voz do seu eleito. Vir correndo suavemente se chamado. Sentar-se ao lado, aos pés, acima ou no colo, enquanto seu humano predileto trabalha, assiste a um filme ou almoça. Pode segui-lo pela casa, onde for, e pode miar desesperadamente se uma porta se interpõe entre ele, gato, e seu dono querido.
O meu, particularmente, que me ensinou a gostar de gatos, baba no meu colo, começa a miar assim que escuta a minha voz e mesmo se está longe de casa, no muro, no telhado ou no vizinho, acorre quando chamo e me olha com seus glamorosos olhos azuis.
O gato é delicado, limpo, silencioso. Não anda, insinua-se; não corre, toca leve e rapidamente o solo; não come desenfreado, escolhe o que vai comer, como escolhe quem vai amar. É autossuficiente e por isso é um prêmio receber seu afeto e ser por ele procurado com um carência canina. Pois o cachorro mostra sua carência indistintamente, seu desejo de afeto é saciável por qualquer ser humano benevolente. Mas o gato só se entrega inteiramente ao seu eleito, ou a alguns poucos escolhidos.
O gato é elegante, cheio de charme e se relaciona com distinção e nobreza com quem estabeleceu um vínculo inquebrantável.
Ele confere ao ambiente um elemento de aconchego e estética. Em cima do piano, no meio dos livros da estante, ao lado do computador, enfeita e aquece a alma. Seu olhar vítreo sobre nós, dá a certeza de estarmos em casa.
Dora Incontri
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